Dizem que tudo que a gente tem engasgado no peito uma hora sufoca querendo encontrar espaço para sair. Na maioria das vezes, essa saída vem em forma de choro no meio da madrugada ou em um acesso de raiva em que alguém esmurra uma porta, uma parede ou a própria consciência. E mesmo não sendo comum, tem horas que esse engasgo trava a vida, fazendo com que nada pareça estar no lugar e aquela lombada no meio da estrada não tenha sido superada. Vira obstáculo. Intransponível. A solução é óbvia: falar sobre isso, declarar o que sente, chamar para uma conversa quem é o objeto dessa angústia. Só isso pode acabar. Decidir ficar quieto e pensar “prefiro seguir com isso aqui dentro” é reflexão que acaba desaguando em outras madrugadas insones e atando outros nós no peito – já tão atribulado. No final, você que sabe o que quer levar aí. Dúvida, suposições, barreiras ou encerramentos de ciclo, desfechos e soluções.
Sobre o que está aí engasgado…
Publicado por
Gustavo Lacombe
Gustavo Lacombe, trinta e um anos seguindo com uma vontade de escrever sendo lapidada todos os dias com muito suor e ideias. Tem a certeza de que será preciso quebrar muito a cabeça até conseguir chegar a algum lugar. Escreve por esporte, paixão e prazer - foi assim que fez seus quatro livros. Carioca da gema, acredita no amor bonito, ainda que o amor tenha diversas facetas não tão bonitas assim. Romântico, corredor de fim de tarde e feliz proprietário de um bom violão. É no blog, na página (fb.com/GustavoLacombeTextos) e no instagram (@glacombetextos) que, volta e meia, despeja o que lhe inspira, expira e vive. Ou queria ter vivido. Ver todos posts por Gustavo Lacombe