Tinham dezessete anos e diziam se amar.
Falavam de pra sempre, de eternidade e de como se faziam bem. Houve quem risse, quem achasse bobagem, mas eles sabiam que não precisavam provar nada pra ninguém. O amor cresceu junto com eles, acompanhou a evolução de cada um e, num determinado momento, virou um compromisso mais sério.
Eles que falavam tanto em casamento, realizaram o sonho depois de algum tempo. E muita gente que torcia o nariz estava presente. Inclusive, no meio dessa gente, teve um dizendo que não duraria um ano.
E não durou mesmo.
Durou, primeiro, dez. E houve festa. Depois, quinze. Nova festa. Vinte, vinte e cinco. Cinquenta. E ainda havia quem duvidasse. Amor, pra ser forte, não precisa de idade certa. Ele precisa de respeito, algo que qualquer adolescente já precisa saber. E, pra quem ria e fazia pouco, o tempo deu a melhor resposta.
Conjugou o viver numa vida tão bonita que bodas de ouro eram pouco.
Eles falavam em Bodas Infinitas.
(Gustavo Lacombe)
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